Desde que temos registros da História humana, há sinais de preocupação dos construtores com questões ligadas à qualidade do som, algo que parece imperceptível para leigos, mas que quando não funciona percebemos a diferença e suas consequências, como o estresse e, não raramente, dores de cabeça.
O registro escrito mais antigo que temos de estudos em relação à qualidade de propagação do som é o argumento óptico e acústico de Marco Vitruvio em seu tratado “De architetura” em 15 a.C. A acústica arquitetônica evoluiu de forma lenta ao longo da História, sendo que igrejas que valorizavam a música iniciaram sua utilização. É a evolução da arquitetura protestante quem marca a necessidade de eficiência sonora devido à importância que o sermão passou a ter nos rituais.
Foi a partir da Reforma Protestante, no Século XVI, que houve uma preocupação direta com a diminuição da reverberação de ruídos dentro da igreja. Mas, apenas no Século XIX é que o estudo dos sons tomou bases científicas como as atuais, quando Lord Rayleigh apresentou seu tratado Teory of Sound, em 1877.
A evolução histórica da preocupação com a reverberação de barulhos e mais clareza das falas e músicas nos locais de culto mostra que o combate à poluição sonora é decisiva para criar um ambiente harmonioso, essencial para lugares onde há grande concentração de pessoas, como templos religiosos.
Como resolver conflitos entre igrejas e vizinhança por causa do barulho?
A multiplicação de locais para práticas religiosas está ligada ao crescimento populacional e urbano. Isso faz com que cada vez mais surjam lugares para cultos nos mais diversos bairros das cidades, inclusive os residenciais.
Os templos religiosos localizados em zona residencial e silenciosa são um potencial causador de problemas se não contarem com um bom isolamento de sons e ruídos, que, além de gerar conforto acústico para os participantes dos rituais, garante a tranquilidade dos vizinhos.
Pela Lei Federal nº3.688 o cidadão tem direito ao sossego e a Câmara dos Deputados aprovou recentemente a proibição da propagação de som acima de 85 decibéis, o que pode levar à multa e até mesmo ao fechamento de estabelecimentos.
Em regiões residenciais, essa tolerância pode ser reduzida para o máximo de 60 decibéis durante a noite. Essa busca pela tranquilidade levou a diversas ações contra igrejas que resultaram em inquéritos policiais, multas, indenizações e o fechamento de algumas.
Tudo isso reforça a necessidade de um bom isolamento de sons dos templos religiosos, proporcionandopara os fiéis e tranquilidade para os vizinhos.
Você já vivenciou o problema de uma igreja sem tratamento acústico adequado?
Se sim, sabe quão frustrante é não compreender o que o orador fala em sua pregação e quão irritante pode ser sentir o barulho reverberando em seus ouvidos. O bom isolamento e tratamento evita a reflexão de barulhos nas superfícies do templo e permite criar um ambiente mais silencioso dentro e nos seus arredores, pois os ruídos não são transmitidos de dentro para fora do local e vice-versa.
Fonte: Saint Gobain