Depois de acumular sucessivas quedas nos últimos cinco anos, a produção brasileira de estruturas em aço aumentou 25,6% em 2019, na comparação com 2018. É o que revela a pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Estruturas em Aço”, uma das três pesquisas anuais do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) – entidade gerida pelo Instituto Aço Brasil – em parceria com a Associação Brasileira da Construção Metálica (ABCEM).
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Além desta, as duas entidades fazem anualmente pesquisas com fabricantes de telhas de aço e steel deck e de perfis galvanizados destinados aos sistemas de construção a seco drywall e light steel frame, para entender o mercado e ajudar a melhorar sua competitividade. As edições de 2020, confeccionadas pela E8 Inteligência,acabam de ser finalizadas, um pouco mais tarde que o histórico devido às dificuldades provocadas pela pandemia de COVID-19.

A pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Estruturas de Aço” aponta que, desde 2014, esse mercado vem sofrendo com sucessivas quedas de produção. Quando comparada a produção de 2014 (pico) com a de 2018, por exemplo, observa-se uma redução de mais de 50%. Entretanto, em 2019, houve recuperação de 25,6%, em relação a 2018. Vale lembrar que as dinâmicas de cada segmento de mercado atendido pelas estruturas de aço têm comportamentos distintos. Em 2019, destacaram-se as obras de energia (eólica, solar e torres de transmissão) e edificações industriais. Na edição deste ano, as 336 empresas participantes produtoras de estruturas em aço produziram 822 mil toneladas, com faturamento de R$ 7,1 bilhões, e com a utilização de 41% de sua capacidade, contando com 30 mil colaboradores.

Em relação ao estudo “Cenário dos Fabricantes de Telhas de Aço e Steel Deck”, para a produção estimada em 434mil toneladas e considerando a capacidade de um milhão de toneladas de 118 empresas, o índice de ocupação de 42% foi levemente superior aos 41% observados em 2018. O faturamento do segmento foi de R$ 3,3 bilhões e empregou 13.400 colaboradores em 2019.

As empresas participantes da pesquisa “Cenário dos Fabricantes de Perfis Galvanizados – Light Steel Frame e Drywall” produziram juntas 62,6 mil toneladas, com faturamento de R$ 430 milhões e contaram com a atuação de 2.286 colaboradores em 2019.

Entre as dificuldades internas, foi unânime a indicação de falta de capital de giro como o principal fator para o crescimento das empresas de todos esses mercados. O acesso ao crédito também foi outro fator de destaque. Custos tributários foram considerados como impactantes também de forma negativa para o crescimento dos setores pesquisados.

As pesquisas apontam ainda para a necessidade de maior capacitação do setor da construção civil / treinamento de mão de obra para atender ao crescimento da construção industrializada, que propicia redução de prazos e custos devido aos ganhos de escala e aumento de produtividade, além do controle de qualidade em fábrica e padronização de sistemas. As perspectivas de crescimento na construção off-site, como vem ocorrendo já agora em 2020, são animadoras.

As pesquisas estão se aperfeiçoando ao longo dos anos e os resultados obtidos são fundamentais para subsidiar as entidades no direcionamento de suas ações, visando contribuir para o desenvolvimento e fortalecimento do setor da construção industrializada em aço no Brasil. Estima-se que a representatividade de cada uma delas seja de 75% dos seus mercados. Os estudos foram desenhados para o entendimento das áreas de atuação das empresas, suas dimensões e qualificações, além das suas dificuldades e necessidades de crescimento.

Iniciadas em março de 2020, tomando-se como período base o ano de 2019, o início de trabalho das pesquisas coincidiu com a chegada da pandemia de COVID-19 ao Brasil, aumentando o tempo necessário para a realização de todas as entrevistas para que cada estudo atingisse níveis ideais de representatividade de mercado.