Chamado de Bike Plan, o programa será implantado ao longo dos próximos 5 anos, qualificando a infraestrutura existente e e expandindo o alcance de suas rotas e percursos além de proporcionar maior conforto e segurança para ciclistas e também pedestres.
Até o ano de 2026, estima-se que a cidade de Paris adicionará mais de 180 quilômetros de novas ciclovias permanentes à infraestrutura existente. Os ciclistas também terão acesso a mais do que o triplo da quantidade de vagas de estacionamento para bicicletas, somando cerca de 90 mil novas vagas às 30 mil atualmente disponíveis na capital. A cidade também investirá na melhoria da infraestrutura em torno dos principais pontos de conexão entre os subúrbios vizinhos e o coração de Paris, promovendo uma melhor integração e conexão entre o centro da cidade e a área metropolitana.
O projeto Bike Plan foi criado como uma resposta da prefeitura de Paris após o considerável aumento registrado nos deslocamentos urbanos em bicicleta ao longo dos últimos dois anos—especialmente após o início da pandemia em março de 2020. Atualmente, a cidade estima que cerca de 1 milhão do total de deslocamentos diários em bicicleta na capital ocorrem em áreas carentes de infraestrutura adequada. Acontece que, a maioria dos percursos ciciáveis existentes na cidade de Paris são compartilhados entre bicicletas e veículos automotores, sem barreiras físicas de separação, o que aumenta consideravelmente o risco de acidentes. Paralelamente, a cidade também prometeu garantir uma maior segurança para os pedestres, reforçando a sinalização e a fiscalização nas ruas da capital.
Além disso, procurando minimizar a queima de combustíveis fósseis na cidade e mitigar os efeitos da poluição na saúde de seus habitantes, a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, anunciou em maio de 2020 uma pacote de planos que procura incentivar o uso de bicicletas e transporte público na capital francesa, liberando a longo prazo mais espaços para pedestres e ciclistas e reduzindo gradualmente o número de veículos circulando no centro de Paris. Estas estratégias foram lançadas em pleno auge da pandemia no ano passado, como uma tentativa de preservar a considerável melhora na qualidade do ar e os baixos indices de poluição registrados durante o período mais rigoroso de confinamento.
Cidades de toda a Europa estão implementando uma série de estratégias de incentivo ao uso de bicicletas e outros meios de transporte mais ecológicos em seus planos de desenvolvimento urbano. Considerada uma das cidades mais adequadas ao uso de bicicletas no mundo todo, Amsterdã continua a ampliar e expandir ano após ano a sua já vastíssima infraestrutura para bicicletas. Em 2019, a cidade lançou um novo plano trienal para a requalificação dos estacionamentos de bicicletas e expansão das ciclovias existentes na cidade. A capital holandesa está alargando muitas de suas principais rotas para acomodar mais bicicletas, à medida que a cidade cresce e mais pessoas estão optando por utilizar a bicicleta como seu principal meio de transporte em seus deslocamentos diários. Além disso, a prefeitura de Amsterdã tem trabalhado para ampliar o número de vias de uso exclusivo de bicicletas de baixa velocidade e redesenhando os principais cruzamentos para garantir uma maior segurança dos ciclistas e pedestres.
Embora Berlim não seja conhecida como uma das principais cidades para bicicletas, a capital alemã aprovou recentemente um novo plano para a criação de uma série de “rodovias” para bicicletas na cidade, promovendo o uso da bicicleta e e incentivando os deslocamentos urbanos não motorizados. Desenvolvido pela Secretaria do Meio Ambiente, Transporte e Clima de Berlim, o plano analisou 30 possíveis rotas para bicicletas que atravessam a cidade, escolhendo 12 delas para seem implementadas na primeira etapa do projeto. A iniciativa faz parte de uma série de esforços levados a cabo recentemente pela prefeitura de Berlim com a principal intenção de criar um ambiente urbano mais amigável para pedestres e ciclistas, diminuindo o risco de acidentes e promovendo um considerável aumento dos deslocamentos urbanos em bicicleta até o ano de 2025.
Fonte: Archdaily