Aumentou o número de pessoas ocupadas na Construção Civil no trimestre fechado em janeiro deste ano. O número de trabalhadores no setor passou para 6,088 milhões. A alta é de 3,0% em relação aos três meses imediatamente anteriores (agosto-setembro-outubro/2020), quando o setor contabilizou 5,910 milhões de ocupações.
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“O número de pessoas ocupadas na construção é o maior desde o início da pandemia provocada pelo novo coronavírus (Covid-19), mas ainda está muito inferior ao registrado há um ano (6,781 milhões)”, frisa a economista do Banco de Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Ieda Vasconcelos.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

PNAD Contínua: mercado formal e informal

A PNAD Contínua contabiliza o número de ocupados formais e informais e, no trimestre encerrado em janeiro/2021, o número de ocupados no setor é o menor registrado para o período desde o início da série histórica da referida pesquisa (2012).

O resultado, segundo Vasconcelos, pode ser justificado pelo impacto da forte crise causada pela pandemia, que atingiu de forma mais intensa o mercado de trabalho informal.

O número de desempregados no País foi estimado em 14,3 milhões no trimestre que se encerrou em janeiro deste ano.

A taxa de desemprego ficou praticamente estável ao passar de 14,3% no período agosto a outubro para 14,2% no trimestre seguinte.

“Essa é a maior taxa de desocupação para o período de novembro/2020 a janeiro/2021. O número de pessoas ocupadas aumentou em 1,7 milhão, ao passar de 84,301 milhões no trimestre encerrado em outubro para 86,025 milhões nos três meses subsequentes”, diz.

Para a economista, de uma forma geral, os resultados da PNAD Contínua permanecem demonstrando a fragilidade do mercado de trabalho no País, que somente alcançará um desempenho mais forte e generalizado com a redução das incertezas econômicas.

“O avanço mais devastador da pandemia, o processo de vacinação ainda em ritmo lento, as perspectivas de menor incremento do PIB neste ano, a inflação elevada e a não realização das reformas estruturantes continuam desestimulando novos investimentos”, diz.