O desempenho mais agressivo da construção civil foi travado por uma alta expressiva de preços e por desabastecimento de insumos como tubos e conexões de PVC, vergalhões, tubos e conexões de ferro e aço, condutores elétricos, cimento e bloco cerâmico. Por isso, o ritmo de algumas obras foi reduzido, constata o Informativo Econômico. O custo com matérias e equipamentos subiu 14,49% nos dez primeiros meses do ano, conforme dados do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), calculado pela Fundação Getúlio Vargas.
“Como o INCC/FGV apura o custo da construção em sete capitais, aumentos ainda maiores podem ter ocorrido e não foram contabilizados pela metodologia de cálculo do indicador”, ressalta Ieda Vasconcelos, economista do Banco de Dados da CBIC.
Contra uma retração de 8,1% da construção civil no segundo trimestre do ano, a pior já registrada na série histórica do PIB trimestral, iniciada em 1996, o crescimento de 5,6% foi o maior registrado desde o início de 2014. O setor, portanto, contribuiu decisivamente para impulsionar a economia brasileira, apesar da pandemia da Covid-19, destaca o Informativo Econômico.
Os dados do Caged contabilizaram um saldo líquido (diferença entre admitidos e desligados) de 137.920 novos postos de trabalho com carteira assinada no setor entre julho e setembro, três vezes mais do que o número de vagas geradas no primeiro trimestre do ano. A PNAD Contínua, divulgada no último dia 2 pelo IBGE, indicou, por sua vez, uma alta de 7,5% de pessoas ocupadas na construção civil no terceiro trimestre comparativamente ao trimestre anterior, com 5,7 milhões de brasileiros.
Fonte: Agência CBIC