Com todos os avanços tecnológicos que vivenciamos nos últimos anos, marcando este início de século como a era da comunicação e da mobilidade, continuar construindo com tijolo, areia e cimento é algo que tem que ser revisto. Se a tecnologia é uma presença constante na nossa sociedade, por que não adotá-la na construção civil?
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O Brasil vem abrindo as suas portas para os novos sistemas construtivos, como a construção a seco, há quase duas décadas. Conectada com o tempo em que vivemos, a técnica tem como principal característica a sustentabilidade: não utiliza água e seus materiais podem ser 100% reciclados. Economicamente falando, ela também apresenta benefícios tanto para quem constrói quanto para quem aguarda pelo empreendimento, pois é capaz de adiantar de 50 a 70% o prazo de conclusão.
Diante estas características e à crise que ainda reflete nas esferas econômicas e políticas, este é o momento no qual se abre a possibilidade para vermos o que há de oportunidade e solução na construção civil. As indústrias e grandes players de mercado, que vieram para o nosso país há, pelo menos, cinco anos, já têm setores destinados à construção a seco. Ou seja, a indústria já está pronta para atender o mercado.
Porém, ainda há um importante obstáculo que impede maior adesão à novidade: o gargalo da capacitação profissional. Há um delas nas universidades e cursos técnicos que ainda não absorveram e integraram nas suas grades de ensino os novos sistemas construtivos. O aprendizado permanece no modelo tradicional enquanto o mercado e os projetos têm adotado posturas modernas.
É preciso, portanto, repensar a cadeia da construção, visto que o futuro do setor está pautado em soluções inteligentes, eficazes e nas inovações tecnológicas já oferecidas pela indústria. Todos se encantam com os benefícios que os novos recursos oferecem como facilitadores do nosso dia a dia, chegou o momento de nos encantarmos também com projetos modernos e sustentáveis.

 

Luana Carregari
Diretora do Congresso Latino-Americano de Steel Frame