Esse foi o resultado de reunião realizada no dia 7 de junho em Brasília entre o Secretário Celso Toshito Matsuda e o segundo vice-presidente do CAU/BR, arquiteto e urbanista Wilson Andrade. A CEF, igualmente já contatada pelo vice-presidente, deverá ser chamada para participar dos estudos.
“Queremos prestigiar o profissional tecnicamente habilitado pois ele é fundamental nesse processo”, disse o Secretário, na mesma linha do que declarou o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, em audiência pública realizada no dia 4 na Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara dos Deputados. “A maior preocupação é não financiar obras feitas fora das normas que tragam prejuízo, insegurança e até risco de vida para a população. A parceria com o CAU/BR e todos os profissionais de Arquitetura, Urbanismo e Engenharia é essencial para o programa de melhoria habitacional”, disse o ministro aos deputados federais.
“A ideia é que arquitetos credenciados pelos agentes financeiros, como a CEF, organizem as demandas junto a população interessada, peçam os recursos para financiar os projetos e as obras de seus clientes, se responsabilizem por sua execução ou fiscalização, atestem o que foi feito e prestem contas no final”, afirmou o segundo vice-presidente.
“O CAU/BR está certo de que, com a participação dos profissionais habilitados garantiremos que as concessões de créditos sejam convertidas em obras adequadas. Desta forma, proporcionaremos efetividade da política mitigando os riscos e apresentando melhor resultado para os agentes financeiros”, complementou Wilson Andrade.
Ele lembrou que 60 por cento dos profissionais de arquitetura e urbanismo e 54 por cento das empresas do setor manifestaram interesse em atuar na área, conforme pesquisa Datafolha-CAU/BR realizada em abril e maio últimos. “Além disso, o Brasil forma anualmente milhares de novos arquitetos. Parte desse contingente certamente se engajará na produção de habitação de interesse social se for incentivado o empreendedorismo fora do modelo tradicional que só cuida do financiamento da produção em massa. Necessitamos colocar o arquiteto em contato direto com a população”. A propósito, a Secretaria Nacional de Habitação, segundo Celso Matsuda, está preocupada também com a criação de programas de capacitação para os profissionais que desejem trabalhar com habitação popular. “É preciso, por exemplo, melhor formação para elaboração de orçamentos e prestação de contas”.
Fonte: CAU – SP