Empresários do mercado imobiliário do Distrito Federal apostam em crescimento maior durante 2021 e mantém a prevenção ao novo coronavírus como ação estratégica para o futuro de suas empresas. É o que mostram dados da primeira rodada da pesquisa Sondagem de Mercado, iniciativa da Associação Brasileira de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi DF).
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Cerca de 70% dos entrevistados apostam no aumento da demanda por imóveis nos próximos seis meses e 95% manterão a entrega de máscaras de proteção individual, a instalação de mais equipamentos para higiene (pias) e uso do álcool em gel; e horários diferenciados para refeição, para evitar aglomerações nos canteiros e escritórios. Essas são as medidas de prevenção mais importantes contra o coronavírus.

“Nosso setor está mobilizado desde o início da pandemia. Proteger a saúde do trabalhador é o mais importante e temos atuado para apoiar nossos colaboradores”, afirma Eduardo Aroeira Almeida, presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi DF) e vice-presidente Administrativo da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). “Esse é um trabalho contínuo das empresas, que será ainda mais importante agora, quando a pandemia ganha um novo fôlego”.

Realizada pelo Opinião Informação Estratégica, a Sondagem de Mercado é uma pesquisa qualitativa e terá periodicidade trimestral, para medir tendências e expectativas do setor. Sobre o manejo da crise sanitária, o estudo também apurou que:

  • cerca de 90% das empresas realizaram treinamentos e palestras sobre a prevenção e combate ao coronavírus e adotaram a medição de temperatura nos canteiros de obras;
  • cerca de 80% das empresas mantiveram funcionários dos grupos de risco trabalhando em regimes diferenciados como o trabalho à distância.

No momento em que a pandemia se agrava, incorporadoras e construtoras do DF estão desencadeando um novo ciclo de mobilização para proteger a saúde dos seus colaboradores – considerada atividade essencial pelo Governo do Distrito Federal (GDF), a incorporação imobiliária atravessou o primeiro ano da crise sanitária com baixa incidência de Covid-19.

A Sondagem de Mercado mostra, ainda, que:

  • a pandemia acelerou o processo de digitalização das empresas: há um ano, se 95% já usavam tecnologia na administração, outros 76% passaram a usá-la no relacionamento com o comprador de imóvel e para a captação de vendas;
  • 71% declararam ter usado tecnologia também para o relacionamento com instituições financeiras e cartórios;
  • 100% adotaram reuniões virtuais.

Os empresários do DF também demonstram preocupação com o impacto da alta de preços e desabastecimento de insumos sobre o desempenho do setor. Incorporadoras e construtoras enfrentam a falta de matéria-prima e o reajuste abusivo nos preços nesse início de 2021:

Apesar da cautela, a pesquisa também mostra que o sentimento geral do mercado é de otimismo: 90% das empresas do setor têm empreendimentos em construção nesse início de ano. A expectativa é por um 2021 ainda melhor que 2020, quando o setor cresceu apesar dos efeitos da pandemia.