O rápido crescimento das cidades, com ocupação e uso inadequado dos espaços, tem comprometido a qualidade de vida das pessoas e um desses fatores é a poluição sonora. Ela é resultado da geração de ruídos pelo trânsito, aviões, construções e tantos outros.
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Um problema que parece pequeno e imperceptível na verdade é um problemão. A poluição sonora é uma questão de saúde pública e é considerada pela OMS (Organização Mundial de Saúde) entre todas a terceira maior, perdendo apenas para a do ar e da água. Ela causa desgaste físico e mental, além de ser um fator gerador de estresse, podendo causar diversos problemas de saúde.

Entenda porque a poluição sonora afeta a saúde e o desempenho do professor

Se considerarmos que um ambiente confortável aos ouvidos tem ruído controlado medindo até 50 decibéis, um professor poderá usar sua voz normalmente, pois ela atinge cerca de 65 decibéis. Isso significa mais que 10 decibéis de diferença entre os ruídos e a voz e, dessa forma, ele pode ser ouvido com clareza pelos alunos.

Mas, em um ambiente com muita reverberação de sons, o professor precisará se esforçar muito mais. Segundo Maria Lúcia Gondim, professora em Conforto Ambiental da UFAL, ele poderá chegar ao nível de 75 decibéis, limite da voz humana. Se tal esforço for frequente, isso poderá acarretar problemas nas cordas vocais do professor, além de comprometer a qualidade das aulas.

Essa é uma das razões importantes pela qual a escola precisa se preocupar com os níveis sonoros em seus ambientes e procurar realizar o tratamento acústico necessário para promover conforto aos professores e alunos. Mas não é a única razão. Precisamos também considerar o impacto dos ruídos no processo de aprendizagem dos alunos.

Entenda porque a poluição sonora compromete o processo de aprendizagem

Sabemos que um ambiente barulhento compromete a qualidade de vida e reflete negativamente a capacidade produtiva das pessoas, mas a questão não pára por aí. Em um estudo da Universidade Federal do Pará, a pesquisadora Marlenne Giovanna Uría Toro expõe que algumas consequências são a perda de concentração, a falta de memória, irritação, cansaço e dificuldade de aprendizagem, o que afeta diretamente os alunos em qualquer instituição de ensino.

Por isso, é fundamental que exista um tratamento acústico da estrutura construída com a utilização de materiais corretos, que criam barreiras para reverberação do som nas paredes, pisos e teto. O isolamento garante qualidade acústica para cada unidade de ensino, permitindo melhor audição do que o professor fala e proporcionando maior concentração e tranquilidade para os alunos. 

Então, como trabalhar a reverberação de sons na escola para garantir conforto acústico?

O projeto de tratamento acústico pode ser compartilhado com toda a comunidade escolar, ajudando a construir um ambiente mais confortável para educadores e alunos.

Mas, é importante que o projeto seja realizado por um arquiteto, que terá um “olhar clínico” para identificar os problemas de reverberação sonora e desenvolverá um projeto com cuidado para isolar ruídos e tratar os sons nas salas de aula, corredores e outros ambientes da escola.

Isso não quer dizer que a escola precisará ser toda refeita, pois existem ótimas soluções para isolamento acústico e térmico de ambientes. Aplicando os produtos corretos, é possível encontrar alternativas realmente eficazes para absorver e diminuir as trocas de sons e calor entre os meios interno e externo.

Seja qual for o tipo de construção, há diferentes opções, pois é possível encontrar soluções específicas para forro, teto, piso e paredes dos mais diversos materiais. Além disso, a lã de vidro para drywall é uma escolha que permite ótimo tratamento acústico, térmico e ainda traz economia de energia na climatização de ambientes.

Fonte: Saint Gobain