O primeiro dia de palestras foi marcado pela demonstração dos avanços do light steel frame nos países da América Latina, além de elucidar os desafios que ainda devem ser superados para fortalecer o setor. Já os assuntos abordados no segundo dia contemplaram produtos, capacitação e cases.
A mesa solene do congresso teve a participação de Flavio Amary, Secretário de Habitação do Estado de São Paulo. Ele aproveitou o evento para apresentar ações da secretaria objetivando a aproximação com a iniciativa privada da produção de habitação de interesse social.
DE OLHO NO FUTURO
Luana Carregari, diretora e idealizadora do congresso, apontou a importância do evento para a visibilidade do setor em franco crescimento. “Ele cria um espaço de comunicação entre os principais elos da cadeia produtiva. É um espaço que o setor necessitava para pode trocar informações, além de proporcionar um alinhamento técnico e político para organização do light steel frame como tecnologia emergente”, explica.
Segundo Carregari, o nicho mais fraco do setor é a mão de obra que carece de qualificação. Ela apontou a necessidade de aperfeiçoar esse quesito para melhorar a inserção da tecnologia no mercado da construção civil. “Nós precisamos ter pessoas qualificadas para trabalhar com a tecnologia”, finaliza.
GERAÇÃO DE NEGÓCIOS
Paralelamente ao congresso ocorreu a 4ª Expo Light Steel Framing e Tecnologias da Construção Civil, onde foram expostas as soluções mais modernas do setor. O objetivo do evento era fomentar a categoria com a geração de novos negócios.
Novidade do mercado
Extremamente focada em construção a seco, a Decorlit apresentou a primeira placa cimetícia autoclavada fabricada no país. A solução se destaca devido a sua alta performance, caracterizando-se pela alta estabilidade dimensional que acarreta diretamente na diminuição de patologias; aumento da resistência a impactos; e redução do seu peso.
Lucas Bonfogo, diretor técnico da empresa, destacou os anos de pesquisa da Decorlit para desenvolver o produto e lançá-lo no mercado. “A ideia da nossa participação no evento é demonstrar que a tecnologia está mais acessível”, conta.
Sustentabilidade
Com 22 anos de atuação no Brasil, a Onduline é uma empresa francesa especialista na fabricação de telhados leves. Ela escolheu para apresentar aos visitantes do evento a sua telha ecológica premium Onduvilla que se destaca pelo design sofisticado e por ser 10 vezes mais leve que as telhas cerâmicas ou de concreto. “O nosso produto é destinado ao mercado de médio e alto padrão. Além do fácil manuseio, ele se diferencia pela possibilidade de ser usado como subcobertura ou propriamente como a cobertura”, destaca Gabriela Alves, assistente técnica da Onduline.
A telha ainda se caracteriza por ter a mesma área de cinco telhas cerâmicas (romanas), garantir uma cobertura 100% selada e resistir a ventos de até 320 km/h.
+ Sustentabilidade
Outra empresa que marcou presença na expo foi a Einhell, que teve suas operações no Brasil compradas pela Âncora Group. A aposta da empresa foi a bateria intercambiável Power X-Change concebida com íons de lítio.
Com 18 V, se destaca pela possibilidade de ser usada em mais de 45 máquinas da Einhell e garantir segurança aos usuários. “Ela possui um sistema eletrônico de proteção contra a temperatura que é ativado quando a máquina é muito exigida e desacopla a bateria para garantir a integridade do usuário”, explica Danilo Santos, promotor técnico do Âncora Group.
A solução também proporciona ganho econômico e praticidade ao dia a dia dos usuários. Além disso, caso os equipamentos exijam mais que a potência de uma bateria, é possível combiná-la com outra peça.
Otimismo
Já a Racia, empresa situada em Curitiba (PR), aproveitou o evento para apresentar aos visitantes o seu portfólio totalmente voltado para a construção a seco, que compreende opções para concepção da estrutura, chapas estruturais, revestimento externo e interno e cobertura.
Um dos principais destaques do stand da empresa foi a subcobertura Racia 120, que se destaca por não enrugar quando exposta à umidade e proporcionar 33% a mais de cobertura por linha de aplicação quando comparada ao felt paper de 90 cm de largura.
Além de expor seus produtos, o stand da empresa mostrou confiança na melhoria do setor ao longo do ano. “A gente está acreditando no mercado, no crescimento, e investindo em novos produtos com fabricação nacional, que é um negócio bacana porque a gente também acaba desenvolvendo a indústria nacional para esse segmento”, explica Luiz Felipe, engenheiro da Racia.
Felipe também apontou que a partir do segundo semestre, caso haja melhoria no cenário da aprovação das reformas propostas pelo atual governo, o mercado pode voltar a aquecer e proporcionar um crescimento ao setor da construção civil.
Fonte: AEC Web