Planejar a construção de um empreendimento é algo que para muitos demanda tempo, custos altos, mão de obra desqualificada e aborrecimentos. Porém, há alguns anos a construção a seco torna-se uma opção para obras rápidas, limpas, confortáveis, eco eficientes e principalmente econômicas.Conhecida como construção inteligente e tecnológica, o Light Steel Frame (LSF) é um sistema construtivo que utiliza o aço galvanizado como principal elemento estrutural.
Publicidade

Por se tratar de um sistema industrializado, ainda é considerado inovador no Brasil, porém em outros países desenvolvidos se tornou uma realidade e preferência dos seus consumidores.  Por ser uma solução eficiente para construção de edificações de qualquer padrão econômico, oferece uma série de vantagens, tais como: rapidez na execução; economia de tempo e recursos; obra limpa e seca; redução de 80% de utilização de cimento e água; ganho de área útil; manutenção de baixo custo; garantia de durabilidade; versatilidade arquitetônica; excelente desempenho termo acústico, entre outros.

Além de residências unifamiliares, outros segmentos abrem espaço para o LSF, como empreendimentos comerciais e industriais. Os investidores procuram além da velocidade e alta racionalização, melhor desempenho e sustentabilidade que o sistema oferece. É possível traçar desde o projeto, soluções ecologicamente corretas, como reuso da água, aquecimento solar, biodigestor e etc.

Desafios da construção em LSF

Para garantir o bom desempenho da construção em LSF, é necessário vencer a barreira cultural da falta de projeto no Brasil. São necessários que os projetos de arquitetura, engenharia, cálculo estrutural e manual de montagem estejam completos para garantir qualidade, funcionalidade, segurança e valorização do empreendimento. O planejamento na construção em LSF é extremamente importante, porque as obras são exatas e precisas, razão pela qual é necessário um projeto definido até o último detalhe.

A fundadora da Construtora Micura, pioneira neste sistema construtivo no Brasil, Heloisa Pomaro explica que a construção em LSF tem tudo para ser o “carro chefe” no mercado brasileiro, porém será necessária uma força tarefa da nossa cadeia produtiva para que a mesma abranja todo o sistema integrado da construção a seco. “Apesar de todo o material já ser fabricado nacionalmente e esteja acessível às construtoras e profissionais da construção, seu alcance junto ao grande público ainda não se compara aos materiais do sistema convencional, disponíveis em inúmeras lojas de diferentes portes. Quando os produtos estiverem sendo vendidos em todos os lugares e existir um ajuda do governo através de incentivos, o LSF vai conquistar a todos pela sua qualidade, economia e rapidez”, diz Pomaro.

É importante destacar também que, as universidades tem papel fundamental para a disseminação do LSF e devem investir em disciplinas voltadas para a construção a seco, para que assim possam injetam ao mercado profissional qualificado e preparado para atender o consumidor final, apresentando a eles todos os diferenciais e benefícios desse sistema construtivo.

Sendo assim, podemos apontar como as principais barreiras do uso do LSF em nosso país: falta de conhecimento do sistema construtivo; universidades sem disciplina específicas de construção a seco; projetos sem detalhamento e sem manual de montagem; cadeia produtiva não envolvida.

Gradativamente esta realidade tende a mudar, uma vez que hoje já existem mais iniciativas, divulgação e experiências bem sucedidas com métodos construtivos industrializados e alternativos ao convencional, como é o caso do Light Steel Frame.